outubro 04, 2011

Momento MAIOR Itália/Brasil = Conde Matarazzo!


A exemplo do Ano da França (2009), a idéia é que o Momento Itália/Brasil (2011) destaque as mais diversas facetas da identidade italiana no Brasil: a história e a memória, estreitando os laços afetivos entre os dois países. E nas comemorações dos 130 Anos da Imigração, nada mais justo e representativo da atuação dos imigrantes italianos no Brasil do que se destacar a vencedora trajetória do mais ilustre deles: CONDE FRANCESCO MATARAZZO!

130 Anos da Imigração Italiana

Transformações profundas mudavam o perfil da sociedade brasileira nos campos da literatura, da arte e da música: desde a revolucionária Semana de Arte Moderna de 1922 até a nova música que surgia carregada de folclore e brasilidade na maestria criativa de Heitor Villa Lobos...

Ao mesmo tempo que a crise de 1929/30 abalava, de forma definitiva, as estruturas econômicas e sociais da sociedade brasileira, havia algo de novo, havia esperança: era a crescente industrialização paulista! O grande fluxo de imigrantes italianos trazidos em sua grande maioria para a cafeicultura, passou a dar nova característica à sociedade paulista: muitos vieram tentar uma nova vida, nas cidades, ou como dizem, para “fazer a América!”

A Industrialização no Brasil

A Revolução Industrial Brasileira ainda não foi dimensionada, analisada, refletida e pesquisada. Não foi também programada para uma ampla pesquisa via internet. Quando isso acontecer, o grupo MATARAZZO terá, com certeza, reconhecida a sua inigualável importância.

Francisco (Francesco) Matarazzo , com 27 anos imigra para o Brasil em busca de novas perspectivas. Chega com espírito empreendedor (1881) e completa, em 1934, o auge de sua evolução econômico-social. No artigo “Conde Francisco Matarazzo: O Empreendedor do Século XX”, no link abaixo, pode-se ter uma completa visão do que foi a grande e vitoriosa experiência de Francisco Matarazzo no Brasil.

Conde Francisco Matarazzo: O Empreendedor do Século XX / leia aqui



Resumindo: em 1934, as Industrias Matarazzo assumiam o seu auge que foi crescente até 1950, quando chegou a possuir 38 mil e setecentos funcionários, com controle acionário majoritário ou expressivo em 365 empresas, possuindo 12 unidades navais, uma Casa Bancária, enfim, um complexo industrial que chegou a ter o terceiro orçamento do Brasil! É indiscutível a grandiosidade do “Império Matarazzo” no processo de industrialização do Estado de São Paulo e, portanto, do Brasil. O interior do estado e todo o Brasil se espelhava na força, ousadia e competência desse empreendedor valoroso.

A Industrialização no Interior/O exemplo é o Conde Matarazzo/ leia aqui

O ESTADO MATARAZZO

O ANO DE 1934 foi considerado o ANO MÁGICO para as INDÚSTRIAS MATARAZZO:
“Assis Chateaubriand vai chamar, em 1934, esse grupo industrial de “O ESTADO MATARAZZO”, lembrando que São Paulo tinha uma renda bruta de 400 mil contos e o parque industrial Matarazzo uma receita de 350 mil, acima de qualquer outra unidade federativa brasileira...O Conde Matarazzo, financeira e economicamente é o segundo Estado do Brasil...”

Matarazzo motiva o Empreendedorismo dos imigrantes italianos

No inicio dos anos 20, a então poderosa colônia italiana no Brasil e, em especial no Estado de São Paulo, atingia o auge de sua prosperidade. Era mais unida e o sentimento da origem comum ainda era forte. A colônia italiana tinha a sua escola, a sua banda musical, o seu jornal, o seu clube social, o seu teatro, os seus estabelecimentos comerciais, as suas fábricas e até a sua loja maçônica. Longe deles qualquer sentimento divisionista, ao contrário, o que havia era uma natural aglutinação de pessoas com a mesma origem, os mesmos costumes, a mesma paixão pelas coisas...

Como ocorrera, com muito sucesso, na capital, onde a colônia italiana erguera o imponente Hospital Umberto Primo (Hospital Matarazzo), em 1904, ampliando-o sucessivamente, o exemplo passou a ser seguido pelos núcleos mais expressivos dos imigrantes italianos nas cidades do interior do estado.

E, como exemplo, vamos retratar uma cidade do interior paulista: Botucatu. Estava situada no limite de onde chegara a Estrada de Ferro Sorocabana, em 1889 e dali partindo para a conquista do interior, “plantando” cidades com o progresso que as suas poderosas paralelas levavam: Lençóis Paulista, Bauru, Assis, Ourinhos e Presidente Prudente se destacando entre tantas outras...



Na segunda metade dos anos 20, Pedro Delmanto (Pietro Del Manto) já tinha completado seu ciclo produtivo: com fazenda de gado, curtume, fábrica de calçados (máquinário importado da Alemanha) e loja de comércio, sendo que exportava calçados para a França e a Alemanha. Era um imigrante empreendedor de sucesso. Mas tinha um grande sonho: um hospital para atender a forte colônia italiana de Botucatu e dirigido por seu filho primogênito, Aleixo, que se formara em Medicina pela Real Universidade de Parma, na Itália. Assim, inaugurou a Casa de Saúde Sul Paulista, em 1928, trazendo como seu Diretor Clínico, o Professor Titular de Cirurgia Clínica da Real Universidade de Nápoles, Dr. Ludovico Tarsia que tivera que se exilar no Brasil por problemas políticos na Itália.



O exemplo de Botucatu é meramente referencial a mostrar o Empreendedorismo dos Imigrantes a se espalhar por todo o Brasil. No artigo “EMPREENDEDORISMO DOS “ORIUNDI” NA SAÚDE!/ CASA DE SAÚDE SUL PAULISTA – 1928”, que pode ser lido no link abaixo, além do artigo “Projeto do Novo Milênio, com as raízes do passado.../Progetti da Capomillenio, con i segni del passato...”, também no link abaixo, dá para visualizar o que foi a saga de uma família italiana, que veio em 1887 para o Brasil e soube construir o seu legado às futuras gerações.



EMPREENDEDORISMO DOS “ORIUNDI” NA SAÚDE!/ CASA DE SAÚDE SUL PAULISTA – 1928/ leia aqui

Projeto do Novo Milênio, com as raízes do passado.../Progetti da Capomillenio, con i segni del passato.../ leia aqui

Um Matarazzo Mecenas da Cultura Brasileira

Francisco Antonio Paulo Matarazzo (Francisco Matarazzo Sobrinho), conhecido como Ciccillo Matarazzo, era sobrinho do Conde Francisco Matarazzo e nasceu na capital paulista. Após recusar por duas vezes o convite do Rei da Itália para que participasse do Senado Italiano, o Conde Matarazzo indicou seu irmão, Ângelo Andrea Matarazzo, pai de Ciccillo, para o Senado Italiano.



E Ciccillo Matarazzo viria a ser o grande promotor das artes, indiscutivelmente o grande Mecenas da Cutura Brasileira. Estudou dos 10 anos aos 20 anos na Itália, como era costume das famílias italianas, àquela época, mandarem estudar seus filhos na Pátria-Mãe. Também estudou Engenharia, sem concluir o curso, em Nápoles e na Bélgica. Juntamente com o primo Julio Pignatari dirigiu a Metalúrgica Matarazzo – Metalma. Em 1943, casou-se, no México, com Yolanda Penteado, de tradicional família paulista.

No artigo “Ciccillo Matarazzo: Mecenas da Cultura Brasileira”, que pode ser acessado no link abaixo, dá para se ter uma idéia da grandiosidade de sua obra cultural e da dedicação com que ele elevou a interação Itália/Brasil.

Ciccillo Matarazzo: o Mecenas da Cultura Brasileira!/ leia aqui

A cultura brasileira teve a marca pessoal de Ciccillo Matarazzo: o Teatro Brasileiro de Comédia, a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, a Cinemateca Brasileira, a construção do Parque do Ibirapuera, o Museu de Arte e Arqueologia da Universidade de São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, o Presépio Napolitano, o Balé do 4º Centenário e as representações brasileiras nas Bienais de Veneza.

Momento Itália/Brasil – 2011

O ano de 2011 marca um momento especial para a comunidade italiana no mundo e particularmente no Brasil. Motivos não faltam:

- os 150 anos da unificação italiana;
- os 65 anos da proclamação da República;
- os 130 Anos da Imigração Italiana;
- os 100 Anos do Circolo Italiano;
- os 100 Anos do Colégio Dante Alighieri.


ITÁLIA UNIDA : 150 ANOS – 1861/2011

As festividades do Ano da Itália no Brasil (Momento Itália/Brasil) terão início no dia 15 de outubro, na Cinelândia/Rio de Janeiro, ao ar livre, com cem artistas italianos e brasileiros , entre acrobatas, dançarinos e atores. Em São Paulo, no dia 16 de outubro, será realizado um concerto do quarteto da Osesp na Sala São Paulo, no dia 16 de outubro. Os músicos executarão obras de compositores italianos na primeira parte do espetáculo e de Villa-Lobos, na segunda parte. Além de uma exposição no Conjunto Nacional, outra iniciativa é um ônibus especial que fará um city tour por pontos ligados à colônia italiana na capital, chamado de “Conheça a Itália sem sair de São Paulo”.

Momento Brasil/Itália reserva grandes atrações para São Paulo/ leia aqui

Bienal do Livro de Alagoas dará destaque à Itália/ leia aqui

O Símbolo do Momento Itália/Brasil


A marca, a chancela, o símbolo do Momento Itália/Brasil foi criado pelo publicitário Washington Olivetto, também ele descendente de italianos. O Ano da Itália no Brasil, terá cerca de 500 eventos por 11 cidades de todo o Brasil. Já no dia 12 de outubro, os Correios emitirão um selo comemorativo do Momento Itália/Brasil, trazendo o bonito trabalho de Washington Olivetto que fez uma “parceria” entre o Coliseu e o Cristo Redentor. O cantor e ex-ministro Gilberto Gil fará a canção oficial em parceria com a cantora italiana Irene Grandi.


As comemorações vão com eventos de mostras de design e cinema até amistoso de futebol, além de uma edição especial da São Paulo Fashion Week. Nas principais cidades do país, os eventos já estão programados. O Embaixador da Itália, Gherardo La Francesca, animado em percorrer o Brasil, afirmou: “só no primeiro mês, rodaremos 19.345 quilometros. É como percorrer os extremos da Itália por 16 vezes.”

Com cerca de 30 milhões de descendentes italianos, o Brasil é um dos países que mais recebeu imigrantes. Em São Paulo são cerca de 6 milhões de descendentes, praticamente a metade da população da capital.

Esse é o MOMENTO ITÁLIA/BRASIL, PARTICIPE!!!

8 comentários:

Delmanto disse...

Ufa! O trabalho ficou pronto! O “Momento MAIOR Itália/Brasil = Conde Francesco Matarazzo!” é fruto de pesquisas feitas por vários anos. Fui construindo, pedra a pedra, o edifício-representativo da importante contribuição da Colônia Italiana à construção do Estado Brasileiro. Tão perfeita e motivada foi essa participação que, hoje, a Colônia Italiana já está completamente integrada à pujante Nação Brasileira.
E o trabalho está centrado na vida magnífica desse empreendedor singular que impulsionou o nosso país industrialmente, sem nunca esquecer a “Mãe-Pátria”. E o título de CONDE dado pelo Rei da Itália é a prova provada do merecimento desse imigrante italiano: Conde Francesco Matarazzo!
E São Paulo, com as Industrias Reunidas Francisco Matarazzo – IRFM, passou a ser exemplo para todo o interior do Estado e para outras colônias localizadas em outros estados. Assim, o Hospital Humberto Primo (conhecido como Hospital Matarazzo) motivou iniciativas menores, mas no mesmo sentido. A Maternidade do Hospital Matarazzo era considerada a maior e a melhor da América Latina. Da mesma forma, a industrialização no interior do estado, seguiu, também em menor escala, o exemplo do complexo industrial Matarazzo.
A citação da cidade de Botucatu/SP é meramente referencial. Em Sorocaba ( a “Manchester Paulista”), Jundiaí, Ribeirão Preto e em outras cidades o desenvolvimento industrial ocorreu com igual ou maior amplitude.
E, finalmente, a CULTURA! A atuação de Ciccillo Matarazzo é impressionante e exuberante. Incansável batalhador e visionário, sabia conviver com diferentes realidades culturais e, captar delas, a essência a ser preservada para as futuras gerações. A sua atuação como Presidente da Comissão do IV Centenário, escolhendo o Ibirapuera para os eventos e contratando o arquiteto Oscar Niemeyer para projetar os prédios e Roberto Burle Max para fazer o paisagismo, já dá a sua dimensão e visão, sendo certo que estava ocorrendo em São Paulo, uma “avant-première” do que seria Brasília nas mãos desses dois gênios: Niemeyer e Burle Max!!!
Este trabalho, espero, há de dignificar a participação pioneira e entusiasta dos imigrantes italianos na construção da Pátria Brasileira!

requeri disse...

ficou pronto e primoroso ...
hoje mesmo eu tava lendo sobre uma estréia do cinema brasileiro que eu não quero perder ...

http://mais.uol.com.br/view/a56q6zv70hwb/de-roma-rodrigo-santoro-e-andre-ristum-falam-de-meu-pais-0402983664CCC15326?types=A&

meu país, é um filme delicado e bem cuidado, dirigido pelo andré ristum ...

http://www.imdb.com/name/nm0728416/

é isso.

Anônimo disse...

Caro Sig. Delmanto,
È con enorme piacere che ho avuto conoscimeto del tuo lavoro. “Momento MAGGIORE Italia/Brasile = Conte Matarazzo!” Già conoscevo la fama del Conte Matarazzo, essendo certo che negli anni1930/40 lui era considerato l’italiano piu ricco del mondo!
Questo lavoro ritratta bene l’importanza dell’immigrazione italiana per il Brasile . La stesso è occorso in altri Paesi come Stati Uniti, Canada e L’Australia.
A compitua integrazione della Colonia Italiana con i brasiliani à il principale distaco per aspetto positivo di questa immigrazione.
Saluti per il bello e ricco lavoro.
Cordialmente,
Paolo Trevisani (paolo.trevisani@comune.bologna.it)

Anônimo disse...

O que mais me recordo é de minha nona. Queera muito carinhosa e que tinha mãos para a cozinha. Eu adorava ficar ao lado dela, vendo a feitura da “pasta” acompanhada das histórias de sua cidadezinha, na Sicilia... Meu pai, já nascido aqui, tinha o tipo italiano mas era um brasileiro perfeito. A minha mãe, também descendente de italianos, também não cultivava as habilidades da nona e nem tinha vocação para fazer pratos especiais. Acho que a primeira geração sempre ficou mais preocupada em se integrar à comunidade do que exaltar as origens européias. Vejo isso na minha faculdade, tenho muitas amigas que fazem curso de italiano e que pretendem conhecer a Itália e as “vilas” de onde seus avós imigraram para o Brasil. Nem em casa puderam aprender o italiano ou o “dialeto” de origem da família.
O Brasil é um país privilegiado e que soube absorver a cultura e o bom humor desses imigrantes alegres e barulhentos. E o Conde Matarazzo além de ser um mito, era o orgulho de todos os imigrantes, pois era um deles e era um “vincitore”!
Abraço. (maria-de-lourdes2004@hotmail.com)

Anônimo disse...

A título de colaboração e buscando dimensionar realisticamente a relação do Brasil com Comunidade Européia, trago o trecho final de minha tese de Mestrado na Università di Giurisprudenza di Bologna, com o título de “Relazione delle Comunità Europee con Il Brasile”:
“O MERCOSUL no Cenário Internacional
MERCOSUL tem procurado seguir da experiência bem sucedida da União Européia. Inicialmente, quatro membros: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, esta a ponto de aumentar para nove seus países membros, com Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela.
Atualmente, o mercado externo do bloco passa, em 92% entre Brasil e a Argentina. O MERCOSUL foi bom para o Brasil e ótimo para a Argentina. Há uma urgência de fazer como um Tratado de Maastrich europeu: é necessário acelerar o processo de "convergência macroeconômica" do bloco nas políticas cambiais, monetárias, tributárias, fiscais e de trabalho.
Indiscutível é o comando do Brasil nos termos do MERCOSUL todo Produto Interno Bruto da Argentina corresponde à renda do interior do Estado de São Paulo (sem a Capital de São Paulo), um dos 23 estados brasileiros; todo Produto Interno Bruto Chile corresponde à renda da Grande Campinas (a cidade Campinas mais as cidades da sua região) que é uma das 600 cidades do Estado de São Paulo; todo Produto Interno Bruto do Uruguai corresponde à renda do Bairro de Santo Amaro (um dos bairros da Capital do Estado: São Paulo). Quer dizer que o Brasil é a maior economia da América do Sul. O Produto Interno Bruto do Brasil será o 5º mercado comprador do mundo em 2005.
Nas previsões do comércio internacional (comércio eletrônico) a América Latina movimentará US$ 82 milhões em 2004. Este valor é maior do que o previsto para a Europa do Leste, África e Oriente Médio juntos, que devem gerar US$ 68,6 bilhões. O Brasil comandará este desenvolvimento movimentado, sozinho, US$ 64 bilhões, e a Argentina em segundo lugar, com US$ 10 bilhões.

O Brasil e a Comunidade Européia
Entre os anos de 1993 a 1998 teve um aumento de 116% no comércio entre o Brasil e a Europa, sendo favorável à Comunidade Européia, porque, enquanto as exportações européias, neste período, tenham crescido 181%, as exportações brasileiras tiveram um aumento de 31,5%.
Em 1993, o Brasil foi o 24º comprador dos produtos europeus e, em 1997, atingiu o 11 º lugar como comprador. A balança comercial, em 1998, foi para o lado europeu em US$ 2,7 milhões.
O subsídio à produção européia bloqueia 26% das vendas brasileiras no mega bloco, principalmente no setor agrícola.
Com a Itália, de modo especial, o intercâmbio comercial do Brasil teve uma média de US$ 5 bilhões nos últimos anos. Em três anos, de 1996 a 1998, os investimentos italianos no Brasil cresceram quase seis vezes. Passando de menos de US$ 100 milhões a US$ 600 milhões, uma ligeira queda em 1999, por força da crise. Atualmente, 10 mil empresas italianas exportam para o Brasil e cerca de 5,5 mil empresas brasileiras exportam para a Itália.
O crescimento do comércio bilateral deverá crescer sobre a presença de especiais e médias empresas italianas, que já aconteceu nos últimos três anos cerca de 20%.
Os setores industriais e de serviços são a prioridade para o incremento das exportações para o Brasil para a União Européia...”
Abraço e Parabéns pelo post.
Marcelo Delmanto (marcelo,delmanto@hotmail.com)

Anônimo disse...

O saudoso prof. Agostinho Minicucci, professor e escritor de renome, com mais de 70 livros publicados, tendo dirigido e expandido as Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU , possui muitos trabalhos sobre os imigrantes italianos. Em um artigo de jornal (Gazeta de Botucatu, 27/09/85), em certo trecho ele relata um pouco da atuação dos imigrantes em uma cidade do interior: “A infância de nossa cidade foi marcada por um surto industrial, em primeiro lugar pelo pioneirismo da colônia italiana, ávida de grandes realizações e da conquista da nova pátria. Os oriundi, como os Bacchis, os Blasis, os Lunardis, os Milanesis e tantos outros, verdadeiros capitães de indústrias, trouxeram o knowhow da Itália e deixaram marcos em prédios que ainda hoje são símbolos de uma época áurea na efervescência da convivência de imigrantes e brasileiros.
Petrarca Bacchi marcou um ciclo na indústria botucatuense levando-a a competir com a poderosa Companhia Paulista de Força e Luz e a instalar uma usina hidroelétrica e outra termoelétrica, chegando à ousadia de fornecer energia à cidade. Produziu cerveja apreciada em todo país. Introduziu o primeiro elevador em indústria, em São Paulo e distribuía de brinde um sifão fabricado na Alemanha.
O berço da Votorantim foi Botucatu e tivemos o início de um ciclo de calçados, com o dinâmico Delmanto. E nisso precedemos a cidade de Franca e a lembrança são os nossos curtumes. A Antarctica andou por Botucatu, criando uma vila com seu nome e chegou a comprar uma fazenda para cultivar cevada...”
(revista cultural Peabiru, nº 09, edição especial comemorativa/maio/junho/98)

Anônimo disse...

Caríssimo Armando
Foi nessa Casa e Saúde Sul Paulista (foto) que Dr. Tarsia operou meu pai de uma apendicite aguda no ano de 1932, época da revolução.
Ainda quero lhe contar: Meu avô Luiz Smaniotto trouxe da cidade italiana de Trento um navio de imigantes pelo ano de 1800 e não sei quantos, aportou nas costas de Santa Catarina, adquiriu um pedaço de terra e fundou a cidade de Nova Trento (terra de irmã Paulina, hoje santa Paulina) Com duas mulheres meu avô foi pai de 33 filhos.Em l895 alí nasceu minha mãe. Hoje Nova Trento é uma cidade bonita e orgulha os catarinenses por ser a terra de Santa Paulina e abriga grande número de turistas devotos.
Parabens pelo belo artigo neste blog, exaltando os imigrantes italianos. Lembro-me perfeitamente das famílias ali citadas, desde a cervejaria Bacchi perto do pontilhão da Sorocabana. A filha do “patriarcha” Bacchi foi a primeira mulher a dirigir carro em Botucatu. Tempo muito saudoso.
Abraço forte
Neide (neidesanches@uol.com.br)

Delmanto disse...

Salve, Neide.

Seu comentário é muito valioso. É preciso resgatar esse período tão importante para Botucatu, como foi o da implantação e existência da Casa de Saúde Sul Paulista. O seu testemunho sobre o Prof. Tarsia é o primeiro caso concreto sobre a sua atuação em Botucatu. No início dos anos 30, era uma honra para uma cidade de porte médio contar com a experiência e competência de um cirurgião Catedrático de uma Universidade da Europa (Nápoles). E sobre a colônia de Nova Trento é uma verdadeira riqueza. Obrigado por seu interesse. Grande abraço,

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