fevereiro 19, 2015

O cientista VITAL BRASIL e a nossa UNIVERSIDADE REGIONAL: UM SONHO. UMA IDÉIA. UMA ESPERANÇA!

O cientista VITAL BRASIL e a nossa UNIVERSIDADE REGIONAL:
UM SONHO. UMA IDÉIA. UMA ESPERANÇA!
Na revista Peabiru e no livro “Memórias de Botucatu I”, de 1990, fizemos minuciosa pesquisa sobre Vital Brasil. Eram muitas as dúvidas: o seu nome era Vital Brasil Mineiro da Campanha ou Vital Brasil , mineiro da cidade de Campanha (MG)? 
Essa explicação encontramos no livro “Vital Brazil – O vencedor das serpentes”, de Hernâni Donato, editora Melhoramentos, págs. 15 e 16 :

”Na cidade Campanha, Estado de Minas Gerais, nasceu o cientista no dia 28 de abril de 1865. Seu pai trouxe um costume curioso para a família. Homem pobre e de pouca instrução, costumava dizer que dos filhos esperava firmemente dessem começo a alguma coisa nova: uma idéia ou uma família. A maioria das pessoas anuncia com orgulho a antiguidade de nome familiar. Ele, não. Desejava que cada um dos seus meninos fosse o primeiro de um novo nome. Chamando-se José Manuel dos Santos pereira, fazia questão de batizar os filhos com nomes das cidades, do país e do continente onde houvessem nascido e as filhas com os nomes das cidades e de flores brasileiras. Ao menino nascido em Campanha chamou: Vital Brazil Mineiro da Campanha. E para os que se mostravam curiosos, do motivo do nome tão diferente do pertencente à família, o pai explicava: Vital, pela força de vida que há nele; Brazil, por respeito ao nosso país (preferindo escrever com z); Mineiro, reverenciando o Estado de Minas Gerais e Campanha, lembrando a cidade que lhe serviu de berço.”

Hoje, o cientista tem, nacional e internacionalmente, seu nome conhecido como Vital Brasil. Ruas, avenidas e homenagens a Vital Brasil usam seu nome com “s” e não com “z”. Não era o que ocorria no século XIX. Em 1895, já estabelecido em Botucatu, usava para divulgar seu trabalho, o nome com “z”, conforme pode ser visto no anúncio que “descobrimos” em nossas pesquisas no jornal “O Botucatuense”, de 1895 (raridade histórica) que reproduzimos nesta matéria.


No livro já citado, “Memórias de Botucatu I”, de 1990, págs. 13 e 14, fazíamos um relato da presença de Vital Brasil entre nós:


“A presença entre nós do Dr. Vital Brasil é motivo de orgulho para o perfil médico de Botucatu. Pesquisador dos mais consagrados, descobridor do Soro Antiofídico, Vital Brasil iniciou sua vida médica em nossa cidade. Ao focalizarmos a presença dos norte-americanos sulistas que, derrotados na Guerra Civil, vieram para o Brasil, localizando-se em algumas cidades, dentre elas, a de Botucatu. Com a presença forte dos norte-americanos que para aqui vieram com toda a infra-estrutura possível, inclusive com seus escravos, nada mais natural que tivessem por objetivo adaptar o “modus vivendi” caboclo ao que gozavam nos Estados Unidos. Assim, o surgimento da Escola Americana, do Cemitério Americano, a implantação de produtos agrícolas americanos (melância) e, por que não do seu médico e de seu dentista( o primeiro dentista de Botucatu foi o norte-americano, Leonard Yancey Jones, vindo do Estado do Alabama).

Daí a vinda para Botucatu do recém formado médico ,Dr. Vital Brasil Mineiro da Campanha. O protestantismo era forte na cidade, sendo certo que a Igreja Presbiteriana teve participação decisiva na fundação da Misericórdia Botucatuense. O Dr. Vital Brasil permaneceu entre nós por aproximadamente 2 anos quando, em 1887, foi para a capital paulista atuar no recém fundado Instituto Butantã. Nos dois anos em que permaneceu em Botucatu, aqui clinicou e colaborou com o Dr. Costa Leite na Misericórdia Botucatuense, onde exerceu a 2ª. secretaria da Entidade (várias Atas foram lavradas pelo Dr. Vital Brasil).
A cidade de Botucatu prestou sua homenagem ao Dr. Vital Brasil ainda vivo. No jornal “Folha de Botucatu”, de 22/10/1949, encontramos o registro:


“Por iniciativa do Vereador Antonio Delmanto dá-se o nome de Vital Brasil à Avenida São Carlos e propõe que se fixe uma placa na casa que, por vários anos, acolheu o grande médico. Expondo as razões que o levaram a apresentar o citado projeto, o Sr. Delmanto fez ver que, enquanto outras cidades põem em evidência as suas relíquias históricas, Botucatu não divulga as que possui, e que, tendo o Dr. Vital Brasil, orgulho da medicina brasileira iniciado nesta cidade as suas experiências e aqui chegado aos primeiros resultados concretos, que mais tarde viriam a consagrar seu nome a homenagem que se lhe presta é das mais justas. Outros desfilaram suas opiniões, ratificando todos os pontos de vista do vereador udenista.”

Em nome do homenageado, o advogado do Instituto “Vital Brasil”, Dr. Fausto de Oliveira Ferreira, apresentou resposta registrada na “Folha”, de 23/11/49:

“...Por incumbência do Dr. Vital Brasil que se encontra doente e impossibilitado de responder pessoalmente a comunicação de V.Exa. referente à lei aprovada pelo Poder Legislativo desse município, mandando colocar uma placa comemorativa no prédio nº 199 da Rua Amando de Barros (antiga Rua do Comércio) e dando seu nome a uma das Avenidas dessa encantadora e próspera cidade, onde efetivamente iniciou o Dr. Vital Brasil os seus estudos do soro-antiofídico, venho agradecer em seu nome a insigne honra que lhe foi tributada pelo povo de Botucatu, através de manifestação leal e simpática de seus legítimos representantes...”


A criação de uma Universidade Regional começou a ser trabalhada nos anos 1976/77, como um caminho inevitável e irreversível. Seria a complementação da idéia inicial do Governo do Estado ao criar, em 1962, a FCMBB e a FCMBC (de Botucatu e de Campinas) como “embriões” de uma futura universidade, pequena, moderna, ágil e vinculada a determinadas comunidades da região. Seria a racionalidade e a modernidade na gestão de tão importante setor: o ensino estadual universitário. Por mais que se faça e que se diga, a UNESP é de uma irrealidade assustadora.
Persiste, até hoje, graças ao comodismo e às “amarras” que o oficialismo lança em seus integrantes, do que pela lógica funcional de uma universidade dispersa por todo o Estado e com uma Reitoria que nunca se instalou no local então determinado em lei (Ilha Solteira) e, sim, permaneceu “provisoriamente desde 1976” instalada na Alameda Santos (SP), onde encontramos o m2 mais caro da Capital... 
Atender determinadas comunidades regionais, conseguir bom entrosamento entre os corpos docente e discente de seus campi, ao lado da agilidade que somente uma estrutura menor, mais racional e mais moderna pode oferecer, é o almejado.
O trabalho feito por ocasião da absorção da FCMBB pela UNESP, em 1976/77, quando o então Reitor, Dr. Luiz Ferreira Martins, de Bauru, promoveu uma série de alterações, culminando com o fechamento de departamentos de “integração” então existentes na FCMBB.
Os docentes protestaram. Os políticos locais se mobilizaram. A comunidade botucatuense acompanhou com atenção os acontecimentos.
Na ocasião, o Dr. José Faraldo, mais uma vez surgia em defesa da maior conquista de Botucatu. Na mesma época, fazíamos um trabalho junto à Assembléia Legislativa tendo por base Requerimento aprovado, por unanimidade, por nossa Câmara Municipal. Nesse Requerimento, propúnhamos a transformação dos campi (Rubião Jr.e Lageado) universitários de Botucatu no núcleo inicial de uma universidade moderna, pequena, ágil, regional.
Para essa luta, tivemos o apoio de políticos de toda a região e, com destaque, das Câmaras Municipais de Ribeirão Preto e de Presidente Prudente. Na Assembléia Legislativa, o deputado Sólon Borges dos Reis (que fora Secretário da Educação do Governo Carvalho Pinto, à época da criação da FCMBB), prontamente apresentou Indicação de apoio. Da mesma forma, o deputado João Lázaro de Almeida Prado, de Jaú, realizou intenso trabalho junto ao Governador Paulo Egydio Martins em defesa da pretensão de Botucatu.
A seguir, reproduzimos, na íntegra, o artigo do Dr. José Faraldo e a Indicação do Deputado Estadual João Lázaro de Almeida Prado a favor da criação da UNIVERSIDADE REGIONAL “DR. VITAL BRASIL”:

“Resposta ao Reitor”
José Faraldo

Seria fingimento dizer que as cartas do reitor e do vice-reitor da UNESP agradaram a cidade. Invocando atos, portaria ou resoluções, confirmam a evasão dos cursos e departamentos, o que deixa os botucatuenses alarmados.
No entanto, não se preocupem aquelas duas autoridades. A cidade, por suas camadas representativas, em comum acordo com professores do cobiçado núcleo de Rubião, já está tomando a única e ajuizada providência, que lhe cabia tomar: está ultimando as medidas legais para transformar as faculdades locais na UNIVERSIDADE ESTADUAL DE BOTUCATU.
Possuindo o referido núcleo estrutura suficiente, basta uma medida apenas para que se transforme em universidade autônoma, deixando assim de ser um organismo incomodo dentro da UNESP. Constituída nossa universidade, como o será, certamente o reitor e o vice-reitor não mais estão sujeitos a ofensas de “gente de botequim” ou de pessoas que não sabem o que é uma universidade, “porque nunca a freqüentaram”. As duas autoridades acima não mais terão a necessidade de descer de seus pedestais, para virem discutir com gente tão insignificante.
Quanto às ameaças, pense bem reitor. O que Botucatu postula é coisa legítima. Imagine-se, se alguém pretendesse mexer em faculdade de Bauru, principalmente naquele magnífico centro de ensino que é a Faculdade de Odontologia. Aquela cidade cruzaria os braços, por mais razoáveis que fossem as justificativas oficiais? É claro que não. O reitor seria o primeiro a terçar armas para manter intacto aquele excelente centro de cultura.
Nós aqui de Botucatu também temos direito de defender nosso principal patrimônio.
Não há, não, interesse de ninguém de atingir o governo que, diga-se de passagem, não tem sonegado recursos para tornar o núcleo de Rubião na universidade de fato, que já é. Somente um povo ingrato poderia indispor-se com um governo que tanto nos tem prestigiado. É que as faculdades de Rubião nasceram de uma luta que polarizou a cidade e a região e que, por isso, lançou raízes profundas na alma de cada botucatuense. Exigiu muitos sacrifícios pessoais, muita renúncia, muita disputa, muito ideal. Não é agora, em nome de um remanejamento, baseado em atos e leis discutíveis, que se vai permitir o desmoronamento da mais notável conquista de nossa cidade.
Não adianta ameaçar, não, sr. Reitor. Botucatu parte, agora, para o passo certo: quer a sua universidade, abrangendo os cursos existentes e outros que serão criados; quer o corpo docente da futura universidade livre de frustrações ou queixas, opinando no Conselho Universitário e ajudando, de mãos entrelaçadas, a erguer o novo monumento de cultura a que a cidade aspira.
Como será feito tudo isso? Do mesmo modo pelo qual os botucatuenses conquistaram as magníficas faculdades que possuem. Com garra, com trabalho constante, com idealismo e muito método.
Botucatu deixará, assim, de ser um foco de atrito dentro da UNESP. Será uma cidade com sua própria universidade, a irradiar cultura por todos os recantos da pátria. Unidos, pois, botucatuenses, para mais uma luta de gigantes.”
(transcrito do “Diário de Botucatu”, de 13/10/1977)

“ASSEMBLÉIA APROVA INDICAÇÃO Nº 1610/77”

No último dia 18 de outubro, o deputado estadual João Lázaro de Almeida Prado, da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo apresentou a Indicação nº 1610/77, pedindo urgentes estudos para a instalação, em Botucatu, da Universidade Estadual “Vital Brasil”, recente iniciativa do vereador botucatuense Armando Moraes Delmanto. É esta a íntegra da Indicação:

“CONSIDERANDO o Requerimento nº 281/77, datado de 11 de outubro de 1977, de autoria do nobre Vereador Armando Moraes Delmanto, da Câmara Municipal de Botucatu vazado nos seguintes termos:
CONSIDERANDO que a ex-Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, como a  Faculdade de Medicina de Campinas (FCMBC), foi criada para que se transformasse, a médio prazo, em uma Universidade Estadual;
CONSIDERANDO que desde a sua criação a ex-FCMBB, pela variedade de cursos que possuía, pela dedicação à pesquisa científica em regime de tempo integral que desde o início adotou, pela própria estruturação departamental de seus cursos de forma pioneira e revolucionária em todo o país, exercia de FATO as funções de uma Universidade;
CONSIDERANDO que presentemente vem sofrendo os inconvenientes por ter sido incluída em uma Universidade “sui generis” e de difícil consolidação;
CONSIDERANDO que a ex-FCMBB por estar radicada no centro geográfico do estado e por contar com vários cursos, quais sejam os de Medicina, Medicina Veterinária, Agronomia, Zootecnia, Biologia e Engenharia Florestal (criado mas ainda não instalado), por contar ainda com um Hospital de Clínicas, está credenciada a ser, não apenas de FATO, mas de DIREITO, uma Universidade Estadual;
CONSIDERANDO que as autoridades estaduais ao reconhecerem essa possibilidade estarão reconhecendo que o maior centro de pesquisas científicas do Brasil, na atualidade, terá assegurada essa condição para o futuro, eis que para esse desiderato foi criado;
CONSIDERANDO que além dos cursos existentes e para a complementação dos mesmos, o Governo do Estado poderia instalar nessa nova Universidade o Curso Superior de Enfermagem;
CONSIDERANDO que em Botucatu, Vital Brasil pesquisou e iniciou sua brilhante e benemérita carreira científica em prol da humanidade;
REQUEREMOS, após ouvido o colendo plenário, seja enviado este Requerimento ao Exmo. Sr. Governador do Estado de São Paulo, Engº Paulo Egydio Martins, para que S.Exa., através de sua Assessoria Educacional, ultime os estudos para a instalação, em Botucatu, da Universidade Estadual “Vital Brasil”, composta dos Cursos de Medicina, Medicina Veterinária, Biologia, Agronomia, Zootecnia, Engenharia Florestal e Enfermagem, além do Hospital de Clínicas, o que viria beneficiar imensa região do interior do Estado e solidificar o modelar centro científico sediado em Botucatu.”
CONSIDERANDO que a organização do Ensino Superior em Universidade constitui medida necessária para incentivar a formação de pesquisadores profissionais e de professores de alto nível; e
CONSIDERANDO, finalmente, a importância e o valor do trabalho desenvolvido pelas unidades de Ensino Superior sediadas em Botucatu,
INDICAMOS, nos termos regimentais, ao Chefe do Poder Executivo sejam agilizados, em caráter de urgência, os estudos para a instalação da Universidade Estadual “Vitall Brasil”, em Botucatu.

Sala das Sessões, em 18 de outubro de 1977.
Deputado João Lázaro de Almeida Prado”

(jornal “VANGUARDA DE BOTUCATU”, outubro de 1977)

Não é preciso dizer que esta luta ainda não terminou. NÃO TERMINOU!
Sem representantes políticos na Assembléia e na Câmara Federal, ao contrário de Campinas, e SEM o apoio de um educador como o Prof. Zeferino Vaz, Botucatu ainda espera a hora dessa grande e inevitável conquista. Foi uma idéia positiva. A criação da UNIVERSIDADE ESTADUAL, em Botucatu, NÃO foi um sonho inconseqüente. Com certeza, será a esperança de que teremos a nossa UNIVERSIDADE ESTADUAL “VITAL BRASIL”.




7 comentários:

Delmanto disse...

Botucatu quer queiram ou não, está destinada a sediar uma Universidade Regional Estadual. Até na campanha vitoriosa de um ex-reitor a palavra, a promessa que aglutinou e lhe deu a vitória foi a de que ele traria para Botucatu a REITORIA DA UNESP...Ele ganhou a eleição, graças a essa promessa e...nunca mais tocou no assunto...
Temos dito e repetido que esse sonho será realidade graças a outros polos estaduais que reivindicam também a autonomia regional educacional, como Araçatuba/Presidente Prudente/Assis e Franca. É grande o movimento desses dois polos regionais a favor do desmembramento da UNESP, dos campi da região, transformando-os em Universidades Regionais.
É uma questão de tempo... Botucatu, mesmo sem a força política necessária e sem a mobilização necessária da “intelligentzia de sua sociedade”, será beneficiada pelo caminhar inexorável dessa reestruturação do ensino superior no Estado de São Paulo.

Anônimo disse...

Antonio De Oliveira Moruzzi (Facebook):
Justa a reivindicação de Botucatu ... o Campus avançado da USP gerou um polo de desenvolvimento , na área em que atua , praticamente na mesma intensidade criada pela Universidade Federal de São Carlos ... lembra Armando Moraes Delmanto , nossas conversas nos anos de 1970 de que Botucatu e São Carlos terem a mesma vocação de grande centro universitário?

Delmanto disse...

Verdade bem lembrada, Moruzzi, São Carlos e Campinas, pela força política representativa de suas respectivas cidades e regiões JÁ se transformaram em polo atutônomo do Ensino Superior, Botucatu, com certeza, tembém seguirá esse caminho. É a sua vocação e o desejo inicial do Governo do Estado. Valeu. Grande abraço.

Delmanto disse...

Não podemos deixar de destacar que permanece o SONHO de conseguirmos a nossa UNIVERSIDADE Estadual “Dr. Vital Brasil”. Uma universidade pequena, ágil e moderna e com efetiva atuação junto a sua comunidade, local e regional. Aliás, esse foi o plano inicial do Governo do Estado ao criar e instalar as duas faculdades de Medicina – a FCMBB – Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu e a FCMBC – Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Campinas, em 1962. A cidade de Campinas CONSEGUIU sob o comando competente do Prof. Zeferino Vaz, a transformação de sua FCMBC numa UNIVERSIDADE, a UNICAMP –UNIVERSIDADE DE CAMPINAS, EM 1966!
Botucatu, ao contrário, juntamente com os demais Institutos Isolados de Ensino espalhados por todo o Estado, teve a sua FCMBB “engolida” pela criação da UNESP – Universidade Estadual Paulista “Dr. Julio de Mesquita Filho”, em 1976.
Temos dois episódios a demonstrar que a FCMBB, ao ser criada, já trazia o “embrião” de uma universidade e, depois de ser incorporada pela UNESP e de perder as suas características iniciais. O “alto preço” que os campi de Botucatu tiveram que pagar por fazer parte dessa universidade (UNESP) de uma irrealidade prejudicial aos interesses da comunidade científica botucatuense: primeiro, durante a bem sucedida “Operação Andarilho”, em 1967, o Centro Acadêmico “Pirajá da Silva”, que encabeçou e liderou o movimento reivindicatório era presidido pelo estudante de Agronomia, Walter Cover, que soube defender os interesses da Medicina, principalmente para a “montagem” e funcionamento de seu Hospital de Clínicas (prova viva de que a FCMBB já funcionava como um “embrião” de uma universidade...); segundo, nos anos 1983/84, a comunidade acadêmica dos campi de Botucatu, após bem sucedida mobilização, conseguiu que o prof. Wiliam Saad Hossne fosse indicado, como o mais votado, para compor a lista sêxtupla para a escolha do Reitor pelo Governador (mesmo com maior votação, encabeçando essa lista, o prof. Saad Hossne foi preterido na escolha...)...
É isso.
Vamos à luta. Essa conquista é viável e necessária!
Primeiro Botucatu!

Anônimo disse...

Antonio De Oliveira Moruzzi (Facebook):
Você Armando Moraes Delmanto o mesmo Guerreiro da época universitária , continue sua luta!!!

Anônimo disse...

TAMOJUNTO, Delmanto. É isso mesmo. Botucatu reivindicando o seu promissor futuro no Ensino Universitário!
Lembro que o saudoso vereador, LAURINDO IZIDORO JAQUETA, propôs e a Câmara Municipal aprovou a criação da SEMANA VITAL BRASIL, que deveria ser comemorada sempre por ocasião do aniversário da cidade: 14 de Abril, especialmente por ocasião das comemorações do Centenário de Vital Brasil. Para motivar a comunidade botucatuense e fazer com a lembrança desse Cientista Brasileiro fosse sempre presente na Cidade dos Bons Ares e das Boas Escolas.
No ano de 1965, familiares de Vital Brasil compareceram à homenagem que incluía um monumento a VITAL BRASIL na Avenida que leva seu nome. Infelizmente, o monumento não existe mais e o Poder Público deixou de prestar as homenagens a esse Patrimônio Cultural e Científico de Botucatu!
Vamos recuperar nosso PATRIMÔNIO CULTURAL E CIENTÍFICO!
(haroldo.leao@hotmail.com)

Delmanto disse...

Carta do filho do filho de Vital Brasil é significativa:
“Muito agradecido por sua carta e pelos 2 volumes do “Memórias de Botucatu”. Vou ler essa obra com interesse... Estou lhe remetendo em anexo o livro “Contribuição para a História da Ciência no Brasil”, no qual reuni vários artigos, a maioria publicada em “O Estado de S. Paulo”. Agradecendo as referências de especial apreço a meu pai em sua carta e em seus livros, subscrevo-me atenciosamente. Oswaldo Vital Brazil.”

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